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Por trás da Burca

dezembro 26, 2016 em 2:12 , Nenhum comentário

     Por trás da burca

 Quando nos é perguntado sobre os vértices culturais dos muçulmanos logo nos vem à cabeça imagens preconcebidas e limitadas. A figura de um terrorista desalmado invade nossos cérebros, o som de bombas explodindo ecoa em nossos ouvidos e nossas mentes criam o esboço de um opressor machista, que condena mulheres a prisão perpetua ao impor que as mesmas façam uso do véu islâmico. Este pedaço de tecido vem dividindo opiniões mundo a fora e atualmente, em meio à guerra religiosa, muitos países estão reanimando essa questão polêmica, devido ao medo de quem pode se esconder por trás da burca.

Despir-se de crenças, valores, pensamentos e hábitos é uma empreitada difícil, mas necessária para que se possa enxergar além das barreiras do preconceito e das diferenças culturais. Essa foi uma tarefa árdua para nossa equipe ao desembarcar no Cairo, capital do Egito, uma vez que pensamentos como: “Nossa estas mulheres são completamente submissas.”, “Esta vestimenta parece isolá-las do mundo.”, “Elas são camufladas pela macheza e não têm direitos, não tem face e tão pouco uma voz ativa na sociedade.”, se fizeram automáticos e constantes.

Realmente é muito difícil pedir para um ocidental compreender o porquê da tradição do uso do véu, já que vivemos em países onde mulheres possuem autonomia de escolha sob seus guarda-roupas.

O uso da burca é uma tradição milenar que é constantemente mal interpretada pela população mundial, que a torna alvo de controvérsias e críticas, ora sob o apoio dos direitos humanos, ora pelo medo e preconceito, ora pela rivalidade existente entre países católicos e mulçumanos ou simplesmente pela ignorância e falta de informação.

No livro que rege os princípios religiosos muçulmanos, o alcorão, está escrito: “E dize às crentes que baixem o olhar e preservem o pudor e não exibam de seus adornos além do que aparece necessariamente. E que abaixem seu véu sobre os seios e não exibam seus adornos senão aos seus maridos ou pais ou sogros ou filhos ou enteados ou irmãos ou sobrinhos ou damas de companhia ou servas ou criados de apelo sexual ou às crianças que nada sabem da nudez da mulher.”.

Nessa citação não se faz clara a mensagem de que as mulheres devam se enclausurar em metros e metros de tecidos, mas a citação transmite a filosofia de que elas devem se apresentar de forma a não chamar a atenção demonstrando respeito à fé e à família. Com o intuito de materializar tais palavras, os povos islâmicos inventaram a burca.

Atualmente grande parte das mulheres árabes, veementes da fé, afirmam que além da simbologia cultural e religiosa que este pedaço de tecido trás, ele também lhes dá a sensação de proteção, física e social, tendo em vista que a burca é larga e não marca o corpo fazendo com que elas sejam vistas com maior igualdade diante dos homens, não sendo julgadas por suas formas corporais e protegendo-as de cobiças pecaminosas.

Os inúmeros países que compõem o Oriente Médio têm padrões diferentes no que se refere à forma da qual se faz uso dos véus e, é claro, isso está ligado diretamente aos valores, políticas, condição social e ao grau de conservadorismo da sociedade de cada local. 

De acordo com o empresário e guia turístico Sherif El-naggar, no Egito, as mulheres podem optar pelo uso do Niqab, do Hijab ou, ainda, pelo não uso da vestimenta tradicional, assim como na Turquia, pois são países divididos entre a fé católica e a muçulmana.

Ele afirma, também, que com o clima desértico, predominante desta região, o uso do véu ganha outra função a de proteger a pele feminina sol e abrandar o calor.

Toda via em países de apelo extremista à religião, como Irã, Arábia Saudita, Iêmen e Afeganistão a política do véu é obrigatória e está transcrita na lei, sendo que o não uso ou o uso inadequado da veste torna a mulher passível de punições.

São dois lados da mesma moeda, especialistas em direitos humanos de ambos os sexos vêm discutindo sobre este assunto durante anos e ainda não chegaram a uma conclusão definitiva.

De um lado estão os que afirmam que isso faz parte da tradição milenar que é passada de geração em geração, é o patrimônio característico e a identidade do povo. Do outro lado estão os que defendem que este tecido representa um sinal claro de rebaixamento da figura feminina em uma sociedade opressora e machista, além de estar completamente relacionado com o fanatismo religioso.

Esta discussão tomou proporções ainda maiores e viajou para além das fronteiras do Oriente Médio, em 2010, quando o então presidente francês Nicolas Sarkozy, revelou a primeira proibição ao uso do véu na Europa, temendo que radicais islâmicos se ocultasse por trás da burca e assim cometessem atentados terroristas.


Em novembro do ano seguinte a cantora norte-americana Lady Gaga apresentou ao mundo uma visão artística sobre o assunto. A canção “Aura”, afirma de maneira sutil que o uso da burca é apenas para a proteção da beleza feminina, um movimento de fé e não uma prisão.

A primeira música do CD intitulado “ARTPOP” diz: “Eu não sou uma escrava errante; Eu sou uma mulher de escolha; Meu véu é proteção para o esplendor do meu rosto. Ela usa burca pela moda; não é uma declaração; É apenas um movimento de paixão”.

Neste ano a grife italiana Dolce&Gabanna lançou uma coleção de burcas e lenços para as mulheres dos Emirados Árabes Unidos (A coleção está somente disponível neste país).

Em declaração pública os estilistas Domenico e Stefano disseram que sempre foram muito fascinados pelo mundo árabe e observaram que as muçulmanas também gostam muito de moda e são grande consumidoras, mas as peças de alta-costura ficavam sempre ocultas por trás da burca. Agora elas poderão usar uma burca de grife (foto).


Mas será mesmo que o mundo está aberto à compreensão dos porquês? Ao entendimento de outras culturas? É possível enxergar que os povos muçulmanos vão muito além da religião e da guerra? Ou ainda a conviver pacificamente e cotidianamente com as diferenças?


Por: Victor Gale


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