Paris - Uma história de amor 

Ela é inacreditável, não existe no mundo o que se compare a ela. Nunca houve e nunca haverá. Todas as vezes eu ajo como se nunca tivesse estado com ela, como se nunca tivesse visto e tocado-a. Pareço uma criança que acaba de ganhar um doce quando a reencontro. Ela é a mais formosa dama do reino, certamente a mais bela e charmosa. Ela é forte e delicada, incomparavelmente linda, misteriosa e brilhante.

Eu realmente nunca consigo decidir se ela é mais linda sob a luz do luar ou diante dos raios de sol. De repente eu me lembro, que sempre me esqueço, que tal comparação é inconcebível. Eu poderia, então, tornar-me seu ilustre advogado e citar milhões e milhões de argumentos para defender todos os seus lados, francamente creio que esse seria o julgamento mais confuso de todos os tempos.

Sinceramente, eu compreendo o porquê que todos os artistas querem retratá-la desta ou daquela forma, em toda sua magnitude e exuberância. Todavia eu não creio que seja possível que um mero mortal possa ser capaz de criar uma pintura, uma partitura, uma canção, uma escultura, um livro, um poema, um texto ou qualquer outra coisa que seja, que faça jus a sua infinita e delicada beleza. Basta parar e admirar, que será possível sentir a magia dela e perceber que em cada um de seus traços, em seus detalhes, em suas curvas, tudo nela tem sua própria arte.

A expressão de seu contorno é singular, ela me fascina, a cada minuto eu descubro novos segredos, novas verdades, novos ângulos de contemplação e novas maneiras de admiração. Ela não se revela toda de uma única vez, são necessários incontáveis encontros e reencontros para se descobrir um pouco do ar de mistério que a rodeia, mas basta um segundo para se ver a real beleza.

Ela é surpreendente, ela é atraente, ela é o meu vício inebriante. Sob o primeiro olhar ela me hipnotizou como a medusa, meu corpo ficou petrificado e meu coração derreteu de amores. Fiquei hirto por alguns segundos até meu cérebro conseguir assimilar sua ilimitada perfeição. O fato é que, eu não a visito com a frequência que gostaria, isso entristece a alma e os olhos derramam o pranto, mas a lembrança de nossos momentos juntos me fortifica de esperança. Esperança de retornar para os braços de minha amada.


POR: VICTOR GALE