Noruega

Um país de belezas naturais exuberantes que surpreendem turistas de todos os cantos do mundo, um país que aprendeu a valorizar seus recursos e deixou a pobreza para trás, investindo em educação, tecnologia e no futuro da nação. Como não se emocionar com o sol da meia-noite? Como não se apaixonar pelas infinitas cachoeiras e pelos belíssimos Fjords? Como não se encantar com as histórias dos temidos Vikings e dos mágicos Trolls, os duendes noruegueses.


A Noruega é hoje uma potência mundial e um exemplo para outras nações, mas nem sempre foi assim. Na década de 60, esse país nórdico quase não tinha influências na economia mundial, seu capital baseava-se tão somente na exportação de peixes enlatados, mas o cenário mudou quando foram descobertas reservas de petróleo no Mar do Norte. Os governantes souberam como extrair do chamado ouro negro a riqueza que precisavam para fazer seu país se desenvolver e se tornar um modelo. Esse petróleo é controlado pela companhia estatal Statoil e as receitas são manejadas pela empresa parceira Petoro, que divide as demandas de dinheiro conforme a necessidade de cada região do país, esses fundos vão em sua maior parte para as áreas da saúde, da educação, das tecnologias e para uma reserva para as futuras gerações, para quando as reservas de petróleo secarem.

A capital do país é Oslo, uma cidade rica e cosmopolita com uma vibração funky dos anos 60. A Opera House da cidade impressiona por sua arquitetura única e despojada, os prédios modernos ao seu redor não deixam os turistas caírem na monotonia da arquitetura renascentista, há uma infinidade de museus interessantes para se visitar ao redor da cidade, como o Museu Kon-Tiki que possui pinturas rupestres magnificas, o Museu do Navio Viking que exibe orgulhosamente sua história, bem como o Museu Fram Polar Ship que exibe um navio construído em 1892. Entretanto a atração mais interessante e curiosa da capital é, sem sombra de dúvidas, o parque de esculturas Vigeland, concebido pelo consagrado artista local Gustav Vigeland.

 As esculturas formam um surpreendente conjunto destinado ao amor, ao conflito e ao lazer. A história da vida de um homem e de seus conflitos, as obras refletem várias fases da vida, desde o nascimento até a morte. O parque está localizado em uma área de 320mil metros quadrados, no Parque Frogner, que está a 3 quilômetros de Oslo.


O esqui é o esporte nacional da Noruega, uma vez que o país permanece coberto por neve por grande parte do ano. Oslo é a única capital do mundo onde é possível esquiar dentro do perímetro urbano, o Trampolim Holmenkollen está localizado na parte norte da cidade, esse complexo foi inaugurado em 1892 e já sofreu diversas reformas de manutenção e pequenas alterações, a última foi realizada em 1992 para comemorar o centenário da estrutura. Esse é o trampolim de saltos mais alto do mundo, com 60 metros de altura e que possibilita um salto de 136 metros, recorde esse obtido pelo norueguês Tommy Ongebrigtsen.

Rumo ao norte do país paramos em Lillehammer, casa das olimpíadas de inverno de 1994. Na cidade é possível libertar seu espírito aventureiro em uma pista de bobsleigh. Depois disso visite a Igreja Ringebu Stave, uma belíssima construção medieval de madeira rebuscada de arranjos e envolta por um cemitério.  Essa igreja foi arquitetada utilizando a técnica de construção em pilares, com um esqueleto central e coberta por tábuas de madeira. Essa é uma das igrejas medievais mais bem preservadas do país.



Os Fjords são a atração mais conhecida do país, essas entradas de mar entre altíssimas montanhas que ultrapassam os mil metros de altura, estão espalhadas por todo o território norueguês. O mais famoso, e um dos que visitamos é o Gerainger. A vista é de tirar o fôlego e nos deixa sem palavras.  


Com uma geografia dividida entre terra, mar e montanhas a Noruega achou uma solução no que diz respeito à locomoção, são túneis que cortam imensas montanhas, barcos que transportam os carros entre as águas do mar e inúmeras estradas em forma de ziguezague, a mais conhecida e perigosa está na região central do país, a Trollstigen, ou Caminho dos Trolls em português. Com passagens estreitas que só permitem a travessia, nas curvas, de um carro por vez.


O Troll é um personagem folclórico dos países escandinavos, ele é uma figura apavorante que vive na parte escura das florestas e espanta as crianças, mas que traz consigo um certo ar de amabilidade, principalmente para os turistas, que se divertem ao fazerem inúmeras posses ao lado dos milhares de estátuas dedicadas a esses seres.


A próxima cidade de nossa visita foi Trondheim, a terceira maior do país, com população maior que 173 mil habitantes. Essa cidade é considerada a capital religiosa da Noruega e é onde está localizada a Catedral de Nidaros, essa estrutura tem sido um centro de peregrinação popular a mais de mil anos.  A cidade é referência no que se refere ao meio de transporte com bicicletas, é aqui que está localizado o primeiro elevador de bicicletas do mundo. A universidade de tecnologia norueguesa está situada aqui e isso mantém os ares jovens da localidade e atrai muitos festivais ao longo do ano, festas relacionadas à musica, gastronomia, cerveja, mas a mais popular e a qual participamos foi o Festival de Santo Olavo.

Todos os anos, Olsok Trondheim, o festival do Santo Olavo, está cheio de festividades e traz vida para as ruas da cidade, com seus concertos musicais e teatrais, peregrinação, serviços e eventos gratuitos. St. Olavo Festival continua a tornar Trondheim visível como um lugar para valores que incluem. A celebração tem um programa rico e variado para adultos e crianças e isso acarreta em experiências que trazem alegria e reflexão.

Depois das festividades partimos para uma cidade chamada HELL, literalmente Inferno em tradução para a língua portuguesa. Onde a maior atração turística é uma estação de trem com uma placa que diz: “Hell, expedição de deus” e de lá é possível enviar correspondências (cartões-postais) com o selo oficial do inferno!


De lá partimos para a cidade de Tysfjord, na parte mais estreita da Noruega. Neste município é onde se encontram os fiordes mais longos e profundos e as mais altas e íngremes montanhas do país. Os contrastes da bela paisagem são grandes, entre a caverna mais profunda e o maior canyon do norte da Europa. O Museu Tysfjord difunde o conhecimento sobre a atividade humana desde o momento em que as primeiras pessoas vieram para Divtasvuodna e para Tysfjord até os dias atuais. A grande maioria da população do município é sami e, portanto, é natural que o museu faça um esforço para refletir as áreas de aspecto multicultural.



Depois deste ponto cruzamos o círculo polar ártico e visitamos a Geleira Svartisen, esse é um lugar fantástico. É necessário pegar um barco para se chegar no ponto mais próximo da geleira e depois andar mais uma hora e meia para poder avistá-la e mais meia hora para chegar próximo a um dos braços da geleira, o Osterdalsisen. Abrigando-se em uma área de 370 km² e a apenas 20 metros acima do nível do mar, é a geleira mais baixa da Europa continental, tornando-o facilmente acessível para caminhadas e experiências baseadas na natureza. (O esforço de andar encima de pedras e por caminhos incertos vale a pena).


No dia seguinte nos dirigimos para o Skibotn, onde um mergulho no gelado mar nórdico e saunas a lenha aguardavam nossa chegada. Continuamos nossa jornada rumo ao norte, para a cidade de Olderfjord, onde pudermos testemunhar um dos maiores espetáculos do norte da Noruega. O ponto acessível mais ao norte da Europa continental, Nordkapp, é onde turistas do mundo inteiro se amontoam para apreciar algo incomparável – o sol da meia-noite. Estava frio, o sol brilhava em tons de amarelo e dourado e o céu se cobria de um rosa claro, o mar parecia um espelho. O complexo do Cabo Norte é incrível e conta com salas de cinema, restaurantes, lanchonetes, loja de lembrancinhas e muito mais.


POR: VICTOR GALE