Museu do Louvre
Somente uma visita à área
externa já justificaria o passeio pelos jardins do Museu do Louvre, o prédio já
foi utilizado para diversos fins desde fortaleza nos primeiros anos após sua
construção, passando por palácio durante a era do Rei Sol para enfim se fixar
como um colossal complexo voltado tão somente à cultura.
Um dos maiores e mais
famosos museus do mundo, suas instalações já sofreram múltiplas reformas e
restaurações, mas esses reparos só serviram para embelezar ainda mais seu
exterior e para enriquecer seu interior. Entre suas entranhas há uma
inestimável coleção, uma rica e incalculável compilação de fatos e artefatos históricos
e um das mais famosas obras de arte de todos os tempos.
Seus jardins e as obras
espalhadas por ele são uma exposição à parte assim como a enorme e moderna
pirâmide de vidro que o habita. Ao entrar neste labirinto histórico temos a
sensação de viajamos no tempo, voltamos aos tempos de glória do Egito antigo,
deleitamos nossos olhos com as mais valiosas joias da coroa francesa, e damos
asas à imaginação para compreender o significado de tudo que vemos.
Através dos olhos curiosos
e estudiosos de um aprendiz de jornalismo com enfoque em filosofia social eu
fiz, ou ao menos tentei fazer, uma visita mais critica.
A cada quadro que olhei eu
tentei me recordar de minhas aulas, tentei segurar a emoção de estar de volta
àquele local e de estar, novamente, frente a frente com gravuras e esculturas
de grandes mestres como Leonardo Da Vinci, Rembrandt,
Michelangelo
e tantos outros.
Misturei meus conhecimentos
históricos à cultura interrogatória da filosofia e as bases dos padrões sociais
para assim compreender, ou melhor, tentar ter uma compreensão mais profunda do
que vem a ser o museu e como as pessoas o veem.
Pude notar que a maior
parte dos visitantes só estão interessados em tirar fotografias com as obras
mais famosas que vivem lá, ou então gravarem um vídeo para depois assistir isso
em casa e mostrar para amigos e familiares. Sem ao menos compreender como elas
nasceram, o que o artista quer expressar ou ainda quem é o artista.
Só depois desta rápida
análise entendi que alguns só estão ali por obrigação turística, pois este é um
ponto crucial em uma visita à Paris. Essas pessoas prefeririam estar comprando
miniaturas da Torre Eiffel, ou comendo croissant.
O motivo pelo qual isso
acontece é o baixo poder de estar ou ser bem informado, uma vez que se faz
necessário ter um nível um pouco mais elevado de estudo para se compreender os
códigos que cada obra transmite. Ou seja, só se poderá atingir um ponto mínimo
de compreensão sobre o que está ali se o individuo tiver uma quantidade suficiente
de conhecimento para isso.
Estar um grau a cima na
escala de distribuição de cultura é a peça chave nesta situação. Somente assim
se poderá tirar algum proveito da visita, além do fato turístico.
POR: VICTOR GALE