Conciergerie - Paris
Situado
ao lado da famosa Saint-Chapelle, muitos turistas passam pelo monumento sem
saberem do que se trata. Esse símbolo do poder do Rei, apelidado de Conciergerie,
é um vestígio do palácio real, chamado de Palais de la Cité, que foi ocupado
pelo rei da França a partir do século X. O local possui esse nome, pois era a residência
oficial do concierge do rei, que na época era um personagem importante com
poderes abrangentes.
No final
do século XIV, o Rei Carlos V, transferiu e dividiu a residência oficial para o
Hôtel Saint-Pol, próximo à Basilha, e também para o Palácio de Vincennes ao
leste de Paris e para o castelo do Louvre. Com o passar do tempo o prédio da
Conciergerie começou a desenvolver atividades jurídicas, e diversos celas foram
construídas nesse espaço. Dentre 1789 e 1799 a França mergulha numa revolução.
Essa acarreta a queda da monarquia e a fundação da primeira república. Durante
a Revolução francesa esse local foi um centro de detenção com a instalação do
Tribunal Revolucionário, os prisioneiros foram levados para esse local para que
pudessem cumprir suas penas próximos dos juízes, a mais celebre prisioneira foi
Maria Antonieta.
Dentro
do local há uma maquete animada da Conciergerie, que permite ao visitante
seguir o quotidiano dos prisioneiros, cujas condenações de detenção dependem
dos seus meios financeiros, ou seja, os mais pobres dormiam sob a palha e os
mais afortunados pagava para ter um quarto individual com mais conforto.
O prédio
se divide em partes, as celas, a cozinha, o corredor dos prisioneiros, a “salle
des noms”, ou a sala dos nomes que figuram o nome de mais de 4000 pessoas
julgadas pelo tribunal entre 1793 e 1795. Há também a capela expiatória da
Maria Antonieta (a antiga cela da rainha foi transformada nessa capela por decisão
Louis XVIII, nela se encontra uma parte do testamento da nobre, quadros que
retratam seus últimos dias de vida e um texto escrito pelo rei), um pátio
rodeado por dois andares de calabouços, uma segunda capela com um oratório
medieval, e o museu se preocupa com a memória de seus personagens, há estátuas
de cera dentro de celas que retratam como eram o dia-a-dia dos prisioneiros,
inclusive há uma ala dedicada a Maria Antonieta.
A visita
ao local dura em média 1h30min, o edifício goza de uma loja de lembranças com
livros sobre a revolução francesa em 7 diferentes idiomas, inclusive em português.
A mais bela vista do prédio é na margem direita do Rio Sena, localizado em
frente.