Center George Pompidou 

Um marco arquitetônico moderno no meio de Paris, os franceses não dizem Center George Pompidou, mas o chamam carinhosamente de Beaubourg, que em tradução livre para a língua portuguesa quer dizer, Bela Vila. Portanto nossa visita ao polivalente Beaubourg foi surpreendente, além do desenho arquitetônico super arrojado e moderno que casa muito bem com a proposta de seu acervo, a vista que se tem de suas escadas rolantes e sacadas é de tirar o fôlego. A partir delas é possível ver diferentes pontos da capital francesa.


Com um acervo de mais de 60 mil peças, entre pinturas, fotografias, obras audiovisuais e interativas, além de uma dezena de esculturas, o complexo foi projetado por Renzo Piano e Richard Rodgers e abriu suas portas em 1977, sob fortes críticas sobre sua arquitetura arriscada, em que todos os canos e tubos são externos e visíveis. Os condutos de água são verdes, os da climatização são azuis, os elétricos amarelos e os elevadores e o sistema anti-fogo são vermelhos. O resultado é um espaço interno inteiramente livre e aproveitado da melhor forma possível. O prédio deste museu foi durante anos objeto de grandes polêmicas envolvendo arquitetos, políticos e parisienses que afirmavam que ele não combinava e ainda contrastava demais com o romantismo da cidade.


Mas devemos admitir que somente pelo desenho arrojado do edifício, e por suas formas coloridas a visita já valeria a pena. No lado externo, na grande explanada há tubulações decorativas, ao lado esquerdo do prédio, está a Place Stravinsky, construída em 1983. Um projeto do artista Jean Tinguely para receber as esculturas e os móbiles de Niki de Saint Phalle. Os móbiles são feitos de ferro e as esculturas em resina plástica e se chamam as Nanas. Nanas em francês quer dizer as garotas. É possível eleger um dos cafés e apreciar a vida passar ao som das águas da bela e colorida fonte, sendo observado pela onipresença do celebre pintor Salvador Dalí, homenageado em um enorme mural. Sem contar a infinidade de artistas de rua exibindo seus talentos.


 O prédio abriga uma completa biblioteca, acomoda até 2 mil usuários, diversas galerias dedicadas a exposições temporárias, cinema, sala de concertos e o Museu Nacional de Arte Moderna, MNAM.  A subida pelo prédio se dá através das famosas escadas rolantes, no quinto andar é onde se abriga o restaurante Georges, local onde é possível se sentar, tomar uma taça de champanhe e apreciar a incrível vista da cidade.

Dentro do Museu é possível encontrar obras de artistas como, Pablo Picasso, Delaunay, Léger, Boltanski, Nauman, Mucha e muitos outros. A coleção está dividida em 2 andares, um dedicado à arte moderna e outro à arte contemporânea. Quando visitei a ala de exposições temporárias estava com uma incrível coleções de obras de André Derain e César.


 Em frente ao complexo Bela Vila, mais à esquerda, é possível visitar a reprodução do atelier do renomado Brancusi. Este escultor viveu e trabalhou em Paris no seu atelier situado no número 15. Antes de morrer ele doou ao Estado francês este atelier e suas obras, com a condição que ele fosse reproduzido em um museu. 

Para se ter acesso ao museu pode-se andar desde a Igreja de Notre-Dame ou descer na estação Rambuteau do metro.


POR: VICTOR GALE